Quando vale a pena pedir revisão de aposentadoria em 2025?

revisão de aposentadoria

Você já se aposentou, mas sente que o valor do benefício está abaixo do que deveria? Não está sozinho. Muitos brasileiros enfrentam essa mesma dúvida. E para corrigir isso, a solução pode ser pedir a revisão da aposentadoria. 

Erros no cálculo, períodos de contribuição ignorados ou informações incompletas no sistema do INSS podem gerar prejuízos silenciosos que duram anos. Mas, com o apoio certo e análise técnica detalhada, esses erros podem ser corrigidos. 

Para te ajudar com isso, hoje vamos explicar tudo sobre o assunto. Afinal, aposentadoria é um direito, e receber corretamente é parte dele.

Já me aposentei, mas o valor está errado: posso pedir revisão da aposentadoria em 2025?

Sim, é possível pedir revisão da aposentadoria mesmo depois de já estar recebendo o benefício. Após se aposentarem, muitas pessoas percebem com o tempo que o valor pago pelo INSS está abaixo do que deveriam receber.

O pedido de revisão é um direito do segurado, previsto no art. 103 da Lei n.º 8.213/91. Em regra, você tem até 10 anos a partir do primeiro pagamento para pedir a correção. No entanto, há exceções. Por isso, é essencial analisar o caso com atenção.

De qualquer forma, se o valor está incorreto, vale a pena investigar.

Quando o INSS erra o cálculo da aposentadoria? Veja os casos mais comuns

Apesar do uso de sistemas automatizados, erros no cálculo da aposentadoria ainda são comuns. Entre os mais frequentes estão: 

  • Omissão de vínculos de trabalho;
  • Exclusão de salários mais altos do período básico de cálculo;
  • Não inclusão de períodos como MEI ou contribuinte individual.
  • Problemas na conversão de tempo especial em comum.

Outro erro recorrente acontece com pessoas que trabalharam antes de 1994, quando parte do histórico pode ser ignorada em certas regras. Além disso, o INSS nem sempre atualiza corretamente as contribuições ou reconhece períodos rurais e especiais.

Trabalhei antes de 1994: isso pode aumentar o valor da minha aposentadoria?

Sim, Se você teve salários altos antes de julho de 1994, existe a chance de que eles tenham sido excluídos do cálculo do seu benefício. Isso porque, com a Lei n.º 9.876/99, o INSS passou a considerar apenas as contribuições a partir de julho de 1994, salvo em algumas exceções.

Contudo, a revisão da vida toda permite incluir esses períodos, e em muitos casos, o valor da aposentadoria aumenta bastante. Vale ressaltar, porém, que essa possibilidade só vale para quem se aposentou antes da Reforma de 2019 e não se enquadra em regras de transição obrigatórias.

Além disso, se o INSS ignorou vínculos antigos, mesmo posteriores a 1994, você também pode ter direito à revisão. É fundamental reunir documentos, como CTPS, carnês de contribuição ou extrato CNIS corrigido, e analisar o impacto no valor final.

Aposentadorias com cálculo incorreto podem representar perda financeira vitalícia. Por isso, mesmo anos após a concessão, vale revisar e garantir o que é justo.

Fui aposentado por invalidez: posso pedir revisão da aposentadoria?

Sim, quem se aposentou por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) também pode revisar o valor. Isso é ainda mais importante para quem migrou do auxílio-doença ou se aposentou com base em salários baixos recentes, o que costuma puxar o valor para baixo.

Ademais, a concessão de benefícios pode ocorrer com base em cálculos incorretos, vínculos que não entraram ou períodos especiais não reconhecidos.

Vale lembrar que, desde a Reforma da Previdência, o cálculo da aposentadoria por incapacidade passou a considerar 60% da média dos salários de contribuição, com acréscimos por tempo de serviço. Porém, se a doença tiver relação com o trabalho, o valor pode ser 100% da média, conforme prevê a legislação.

Quais documentos que ajudam a conseguir uma boa revisão da aposentadoria?

A base de uma boa revisão está nas provas corretas. E muita gente perde dinheiro simplesmente porque não apresenta os documentos certos.

Entre os principais estão: 

  • CTPS completa;
  • CNIS em dia;
  • Carnês de contribuição;
  • Contratos de trabalho;
  • Comprovantes de atividade rural (em caso de aposentadoria híbrida ou rural);
  • Declarações de imposto de renda;
  • Laudos de insalubridade;
  • Notas fiscais de serviços que você prestou como autônomo.

Sentenças trabalhistas, recibos antigos e documentos escolares também podem ajudar, dependendo do tipo de revisão.

Em 2025, o INSS segue com regras rigorosas de comprovação, mas o Poder Judiciário pode ser mais sensível à realidade de muitos brasileiros que trabalharam informalmente ou em condições precárias.

Por isso, reunir o máximo de documentos possíveis é essencial. Um bom advogado previdenciário sabe como usar esses materiais para provar o que o sistema ignorou.

Pedir revisão da aposentadoria pode fazer perder o benefício? Verdades e mitos

Esse é um medo comum e que afasta muitos aposentados de buscar seus direitos. Mas a verdade é que, na maioria absoluta dos casos, pedir revisão não gera risco de perder o benefício.

O que ocorre, às vezes, é que o INSS identifica um erro que favorecia o segurado, e propõe a revisão com valor menor. No entanto, isso é raro e, quando acontece, dá para contestar na Justiça.

Além disso, benefícios que saíram há mais de 10 anos dificilmente podem ser revistos de ofício, justamente por causa do prazo decadencial previsto em lei.

Portanto, quem tem uma simulação técnica e segura feita antes de protocolar o pedido pode agir com confiança.

A revisão é um direito garantido por lei e, quando bem fundamentada, não só aumenta o valor mensal como garante atrasados de até 5 anos.

Se você desconfia que está recebendo menos do que deveria, não deixe esse medo te paralisar. Informação é a melhor forma de proteger seu futuro. Ficou com alguma dúvida? Comente abaixo e vamos esclarecer para você.

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